Laços superficiais
Todo mundo tem um bom amigo virtual, ou muitos deles.
Entender como é possivel criar tanta intimidade transmitindo palavras de uma tela para outra, é tão complexo como todas as relações humanas. É realmente mais simples amar, ouvir, criticar e brigar quando não convivemos fisicamente. Faz sentido.
Assim como na sociedade pós moderna setorizamos o trabalho, o tempo e os nossos afazeres aprendemos também a setorizar nós mesmos.
Quantos vocês existe dentro de você?
Quantas versões você é capaz de mostrar?
Quanta capacidade temos de nos adaptar às necessidades do outro?
Online não nos mostrarmos por inteiro. Porque ser completo acarreta uma aceitação maior do que a que desejamos ter.
Só mostramos aquilo que interessa ao outro conhecer.
Nosso cartão de visitas é a nossa foto mais bonita e nossas palavras cuidadosamente escolhidas. Para cada amigo virtual uma temática diferente e uma abordagem diferente do assunto que for.
No dia a dia não. Ficamos expostos e vulneráveis à todo o tipo de emoção e alteração.
As crises no trabalho e na família mudam o nosso humor na faculdade. Uma noite mal dormida pode provocar uma insônia daquelas e uma enxaqueca que não dá pra não notar.Na vida real somos de vidro. Visíveis por dentro e por fora, querendo ou não.
Na internet as palavras se libertam e podemos ser o que não é possivel ver. Destacamos de nós o desejado e só.
Não encarar nos permite dizer o inimaginável, dói menos, excita menos, complica menos.
Como diria a letra da música, não existe nada mais simples do que deletar do orkut e excluir do msn quando as coisas dão errado.
É uma pena que no mundo real não podemos excluir as pessoas da nossa vida com tanta facilidade.
Talvez não seja necessário eliminar a dor a todo o momento, só é mais fácil. Essa facilidade traz o medo de sentir, de se envolver e o anestesiamento das emoções que tanto comentamos.
Na verdade, acredito que essa seja uma vantagem das relações reais, o tempo para corrigir.
Ao vivo somos todos covardes sem exceção. As mãos gelam, o coração bate forte, o corpo denuncia.
Somos corpo e alma. Não bit e byte.
Às vezes a tecnologia não nos permite viver.
Entender como é possivel criar tanta intimidade transmitindo palavras de uma tela para outra, é tão complexo como todas as relações humanas. É realmente mais simples amar, ouvir, criticar e brigar quando não convivemos fisicamente. Faz sentido.
Assim como na sociedade pós moderna setorizamos o trabalho, o tempo e os nossos afazeres aprendemos também a setorizar nós mesmos.
Quantos vocês existe dentro de você?
Quantas versões você é capaz de mostrar?
Quanta capacidade temos de nos adaptar às necessidades do outro?
Online não nos mostrarmos por inteiro. Porque ser completo acarreta uma aceitação maior do que a que desejamos ter.
Só mostramos aquilo que interessa ao outro conhecer.
Nosso cartão de visitas é a nossa foto mais bonita e nossas palavras cuidadosamente escolhidas. Para cada amigo virtual uma temática diferente e uma abordagem diferente do assunto que for.
No dia a dia não. Ficamos expostos e vulneráveis à todo o tipo de emoção e alteração.
As crises no trabalho e na família mudam o nosso humor na faculdade. Uma noite mal dormida pode provocar uma insônia daquelas e uma enxaqueca que não dá pra não notar.Na vida real somos de vidro. Visíveis por dentro e por fora, querendo ou não.
Na internet as palavras se libertam e podemos ser o que não é possivel ver. Destacamos de nós o desejado e só.
Não encarar nos permite dizer o inimaginável, dói menos, excita menos, complica menos.
Como diria a letra da música, não existe nada mais simples do que deletar do orkut e excluir do msn quando as coisas dão errado.
É uma pena que no mundo real não podemos excluir as pessoas da nossa vida com tanta facilidade.
Talvez não seja necessário eliminar a dor a todo o momento, só é mais fácil. Essa facilidade traz o medo de sentir, de se envolver e o anestesiamento das emoções que tanto comentamos.
Na verdade, acredito que essa seja uma vantagem das relações reais, o tempo para corrigir.
Ao vivo somos todos covardes sem exceção. As mãos gelam, o coração bate forte, o corpo denuncia.
Somos corpo e alma. Não bit e byte.
Às vezes a tecnologia não nos permite viver.
- Para ouvir a música que a Lette recomendou no post alheio, aperte o "play":
Um comentário:
Realmente.. pelo msn a conversa fica mais fácil, pelo fato das palavras fluírem rapidamente. Uma simples frase DIGITADA sai mais rápido do que uma simples frase DITA.
Antes de usar mais o msn eu até julgava um pouco quem escrevia, por exemplo: "naum" no lugar de "não"; "oie" no lugar de "oi";... Mas agora eu já entendo. Pois a única forma de passarmos um pouco de sentimento, pelo msn, no caso, é através das palavras mesmo.. por isso surge a necessidade de escrevê-las da mesma maneira que seriam ditas. (Mas sem erros absurdos de português! Pelamordedeus!!)rs
Ah! Não posso esquecer de mencionar os Emoticons .. que, quando faltam as palavras, nos salvam. E, pessoalmente, não tem emoticon não! rsrsrs
Porém, nada substitui o olho-no-olho. É importante conhecer as pessoas de corpo e alma.
Bom, é apenas a minha opinião.
Parabéns pelo Blog!
Abraço!
Postar um comentário