Tudo tem seu preço...
Ando numa fase bem "mão de vaca", falando em português claro. Quanto mais aumentam as necessidades vitais, mais meu salário se torna ínfimo. Considero um computador em bom estado, como uma necessidade quase que vital nos dias de hoje. Desde que eu vim morar em São Paulo já se passaram quase 3 anos e eu ainda continuo vivendo na era primitiva.
Eu e quase todo mundo desse país se formos parar pra pensar. Já repararam que 99,9% das lojas andam oferecendo computador? Casas Bahia, Extra, Carrefour, Wal - Mart, Ponto Frio e até as Lojas Americanas entraram na dança.
Mesmo dividindo o passaporte pra "nova vida" em 24, e às vezes em até 36 parcelas o custo de toda essa tecnologia ainda é caro demais, inclusive para pessoas como eu, que usam o salário só pra si, e ainda assim acreditam que ganham uma miséria.
Agora imaginem o retrato típico do trabalhador brasileiro, que com a mesma quantia (e às vezes, bem menos) sustenta 3 filhos e ainda mantém a casa em ordem.
Exclusão digital e exclusão social. Se a internet se tornou TÃO necessária, como vive quem não tem o mínimo acesso à ela? Como se informa, se atualiza e se encaixa no mundo? Eu sinceramente não consigo imaginar que alguém possa nunca ter visto a tela de um computador. Assim como é inacreditável que tem gente morrendo de fome, de seca, de dengue, de cólera e de todas essas coisas tão facilmente dizimáveis e tão complexas ao mesmo tempo.
Mas eu SEI que existe. A gente fica aqui discutindo esse papo todo de virtualização enquanto tem gente por aí que não tem nenhuma condição de acessar qualquer um desses novos dispositivos. Tem gente por aí que não tem condição de nada.
Privilegiados? Somos uma minoria. Que como em todas as outras àreas desse país conhecem as alegrias e os desprazeres da elite. Quem ouve até acredita que existem tantos desprazeres assim...Estranha realidade.
Ericka Rocha tenta postar às Quartas-Feiras. Ericka Rocha tenta postar da SEHAB. Como vocês podem ver, nem sempre é possível. Ai, se não fosse a Lette! (hahaha, me achei!)
3 comentários:
Eu acostumei a ver pessoas vivendo perfeitamente bem sem tecnologia por causa das estórias que meu namorado conta quando vai visitar a família no sul do Piauí. Mal-a-mal tem televisão e eletricidade. Mas parece que só funciona durante o dia e comecinho da noite. depois, vai todo mundo dormir ou se divertir na "cidade", com músicas típicas e rodas de dança.
Aqui na cidade grande, impossível imaginar alguém tão desplugado assim. Já vi muito molequinho economizando grana de comida para ir na lan house.
é por isso q eu e a Carol vamos criar uma tribo anti-virtualização!!!
a Pera já pratica bem essa história...rsrs
eu ainda preciso me adpatar...
mandou bem Éricka!!!
Eica, eu tb queria saber que inclusão digital é esse que eles tanto falam.....
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